SANGRIA DO SÃO MATHEUS EM 2009
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Com cinco anos de seca e uma verdadeira destruição nos campos produtivos dos Sertões de Canindé, agricultores, produtores e pecuaristas vivem a expectativa de um inverno promissor em 2017. Muitos afirmam que as experiências são as melhores possíveis em relação à quadra invernosa.
O Presidente da FUNCEME, Eduardo Sávio em visita a região disse que ainda é cedo para previsão, mas 2017 poderá ter outro cenário e os cinco anos seguidos de seca no Ceará poderão chegar ao fim. Qual o indício que aponta para essa probabilidade? É o El Niño. O fenômeno, que atua para a ocorrência de estiagens no Nordeste, vem perdendo força com o desaquecendo das águas do Pacífico.
Com o enfraquecimento do El Ñino, vem ganhando corpo outro fenômeno: a La Niña. O oposto que produz um esfriamento no oceano Pacífico. Um episódio climático, de influência global e regional, com possibilidade de favorecer o Semiárido cearense no ano que vem.
Os dados, ainda preliminares, estão sendo analisados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) a partir de gráficos recentes, de abril último, produzidos pelo International Research Institute for Climate and Society, da universidade de Columbia (EUA) - uma das parceiras da Funceme.
De acordo com o meteorologista Raul Fritz, da Funceme, atualmente o aquecimento da porção do Pacífico que interessa para as previsões no Nordeste do Brasil está em 1,1º C. Já esteve 3º C acima da média, entre dezembro de 2015 e o começo de janeiro deste ano.
A tendência, segundo a previsão da época, era de que fenômeno não perderia força. O El Ñino estava no pico de intensidade e empurrava o Ceará para o quinto ano consecutivo de estiagem severa e uma quadra chuvosa com precipitações abaixo da média histórica (em torno de 804.9 mm de fevereiro a maio).
SITUAÇÃO ATUAL DO SÃO MATHEUS EM 2016
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E se confirmaram as previsões da Funceme. As chuvas de março, principal mês da quadra invernosa do Ceará, foram 33% abaixo da média histórica.
Para o fechamento do trimestre de março-abril-maio deste ano, a previsão persiste com 70% de chances de ficar abaixo da média e somente 5% de ficar na categoria acima da média.
Um dos indicadores de acerto da Funceme é a baixa carga dos reservatórios cearenses até aqui. Hoje o volume de água dos 153 açudes do Ceará não passa de 13,3% da capacidade total. Um agravante para a travessia do quinto ano seco e mais prejuízos à vista para o Semiárido.
La Niña
Os gráficos do International Research Institute for Climate and Society mostram, de acordo com Raul Fritz, que no momento há uma possibilidade entre 60% e 70%, até o final do ano, do aparecimento do La Niña. “Ela, que é o oposto do El Niño, ajuda na qualidade de nossas chuvas. Ou, pelo menos, não atrapalha”, afirma o meteorologista.
Para que se consolide a tendência de surgimento e permanência da La Niña em 2017, outros dados de previsão climática e de temperatura serão colhidas dos oceanos Pacífico e Atlântico e cruzados em modelos matemáticos.
Há mapas que migraram da coloração laranja e vermelha - que indica aquecimento das águas do Pacífico - para uma macha azulada. Um sinal de que está se instalando um resfriamento e a possibilidade de atuação da La Niña no trimestre de dezembro-janeiro-fevereiro próximo. Falta, agora, a previsão para março-abril-maio do ano que vem. Exatamente o período da quadra chuvosa no Ceará. Então a expectativa é que os dados se consolidem e tragam a chuva tão necessária. (O Povo)
O La Niña é o esfriamento das águas do Oceano Pacífico e o aquecimento das águas do Atlântico, o que causa enchentes no Nordeste e estiagem prolongada no Sul e no Sudeste do Brasil.
De acordo com Eduardo Sávio, o La Niña geralmente começa no mês de outubro, mas até agora são ainda muito tênues os sinais nesse sentido.
Daqui a mais 45 ou 60 dias, será possível fazer uma previsão melhor, explicou Sávio.
Ele acrescentou que, nos últimos 25 anos, quando a temperatura das águas do Pacífico alcançou menos 0,5 grau, houve 13 anos de muita chuva, 7 de chuvas na média e 7 anos de seca.
Neste momento, a temperatura do Pacífico está oscilando entre menos 0,5 grau e mais 0,5 grau.
Já o ex-secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Hipérides Macedo, disse, confiar nas previsões que a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Estado (Funceme) vem fazendo sobre o inverno de 2017.
Nas primeiras avaliações divulgadas pelo presidente da Funceme, Eduardo Sávio, a perspectiva é de inverno. Isso, porque as águas do Oceano Pacífico não apresentam tendência de que o “El Niño”, causador de secas, vá perdurar.
Hipérides disse que hoje a Funceme conta com modelos científicos modernos e apoio de satélites internacionais e de organizações da área do Exterior, o que garante confiabilidade nas previsões. Ele diz acreditar cientificamente que virá inverno.
SANGRIA DO AÇUDE SOUSA EM 2009
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ATUAL SITUAÇÃO DO SOUSA
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Fotos de Antônio Carlos Alves
Com Informações do POVO ON LINE.
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